O que aconteceu depois ...

Sem-Pernas se matou antes de ser capturado pela policia ; Professor partiu para o Rio de Janeiro onde vira um pintor ; Gato se torna um malandro de verdade;Dora faleceu por causa da forte febre que teve e por fim eu participei de uma greve , abandonei a liderança dos Capitães da Areia e me tornei um líder revolucionário e fugitivo.

Capitães da Areia

Greve

Há um novo movimento na cidade então sai do trapiche para espiar o que estava acontecendo , depois fiquei na areia olhando para o céu e lembrando da Dora  ...
Estava acontecendo na cidade uma greve conhecida como a greve dos pobres onde as pessoas buscam alguns de seus direitos, por esse motivo e por meu pai já ter participado de uma greve eu decide ajudar e de fato eu entrei nessa luta mas no final de tudo no ano em que todas as bocas foram impedidas de falar eu estava sendo perseguido pela policia de cinco estados como organizador da greve um perigoso inimigo e agora fugitivo .

Roubo

Pensamos em mais um roubo...
Dessa vez era a casa de uma solteirona de família rica e para esse  roubo, o sem pernas iria usar suas táticas ,se passando por um coitadinho para consegui conquistar a mulher.
De fato ele conseguiu atingir o nosso objetivo e ainda acabou se envolvendo com a mulher !

Um dia para recordar

Hoje é um dia para recordar, conseguimos tirar Dora do orfanato mas sua febre ainda não tinha melhorado nem um pouco , mas estávamos todos juntos novamente , na hora de dormir foi um dos melhores momentos, eu e Dora nos beijamos já que tínhamos uma relação quase que de marido e mulher.
Após esse momento de felicidade não conseguia dormir de  tanta preocupação com ela , quando decide chegar mais perto para ver como ela estava aconteceu o que eu menos queria , Dora estava fria , foi ai que eu percebi que a minha esposa tinha falecido.














Dora




#luto

Em busca da Dora

Depois que sai do reformatório, eu , o João Grande ,Gato e o professor fomos até o orfanato para tirar Dora de lá , quando chegamos  ela estava com muita febre , só pela aparência dava para perceber que ela não estava nada bem  e na verdade eu também não estava , depois de ter ficado aqueles dias no reformatório estava com um aspecto muito diferente do que era.

Pegos no flagra

Eu e meu bando fomos tentar assaltar o palacete, mas o filho do dono da casa ouviu um barulho estranho e quando foi ver nos encontrou dentro de sua casa, então ele trancou a gente no quarto e chamou os guardas.
Os guardas conseguiram nos pegar, mas eu como chefe dos Capitães da Areia não podia deixar meus amigos serem presos, então distrai os guardas e meus amigos fugiram, os guardas me levaram e queriam saber de tudo sobre o nosso bando, não contei nada para eles e acabei pagando muito caro por isso, pois eles me bateram muito e depois me trancaram na cafua onde tive muita sede e fome, mas ainda bem que tive ajuda de um dos meninos inclusive na hora de fugir daquele reformatório, durante a noite sem ninguém ver eu fugi de lá e acho bem difícil alguém me pegar ou reconhecer já que depois de ter passado tantas dias lá isolado das outras pessoas eu estava diferente aparentemente e fisicamente.

A bexiga negra

Todos estavam comentando que Almiro estava com a bexiga negra, então assim que cheguei no trapiche perguntei o que estava acontecendo e me falaram.O sem pernas me disse que a bexiga iria se espalhar para todos nós e isso me deixou muito mais bravo do que eu já estava porque naquele momento era a hora de ajudar e não criticar.
O padre me disse que era melhor levá-lo para o lazareto e então tivemos que fazer isso mas alguns dias depois... Não havia mais um integrante do Capitães da Areia, o Almiro faleceu.

Dora, irmã e noiva

Eu estava andando para o 14, para pegar o meu dinheiro e comecei a pensar em Dora, então estava muito distraído e esbarrei com Ezequiel que começou a encrencar comigo, perguntando se eu não olho por onde ando e eu perguntei o que ele queria. Eu estava calmo, ate que chamaram a Dora de putinha, o xinguei e ele me deu um soco e os outros três meninos que estavam o acompanhando já estavam em cima de mim também. Me deram socos, chutes.
Eles foram embora porque um guarda chegou e eu não queria mais dinheiro, apenas fui para o trapiche. Dora estava lá e começou a me ajudar com os machucados e perguntar porque eu estava nessa situação, eu não quis dizer mas ela simplesmente descobriu: "foi por minha causa?" E eu confirmei.
Ela me beijou e depois fugiu, eu sai correndo atras dela e ela se escondia. Os irmãos começaram a chegar e ela sorria de longe para mim.
A lua veio e eu fui deitar na areia e ela se deitou do meu lado e eu disse que ela era minha noiva e ela disse que eu era seu noivo.

Dora, mae

Dora e o professor me encontraram quando eu estava na areia na praia, eu não tinha ido ao trapiche naquela noite, apenas fiquei observando a lua. O professor deitou do meu lado, Dora sentou entre nós. Então ela começou a falar algumas coisa e eu disse que ela deveria ir embora e ela ficou triste. Então, o professor defendeu ela, disse que ela é como uma mãe para todos então eu aceitei que ela ficasse.

Caminhando pelas ruas

Estava andando esses dias pela rua, subindo a ladeira e comecei a pensar que não tinha nada melhor no mundo que andar assim zuando muito nas ruas da Bahia onde as calcadas são de pedras negas, mulheres ficam na janela, o sol é maravilhoso, e o sino da igreja Conceição da Praia chamam a atenção de todos na Bahia todos os dias se parecem com uma festa ainda mais quando ando pelas ruas com o Professor .

Uma família rica

Boa vida me contou que na casa da Graça tinha objetos de ouro e prata. A tarde fomos ver a casa. Uma empregada abriu a porta e foi colher flores. Olhei mais uma vez a casa e me acerquei um pouco do jardim, assoviando. Os seios dela apareciam sob o decote e terminavam em bicos vermelhos. Ela nos viu, tirei o boné e pedi um copo d'água, sorriu para mim e trouxe dois copos como nunca tinha visto. A moça estava tendo uma queda por mim e acabamos dormindo juntos. No dia seguinte, Sem-Pernas passou em frente a casa e quando tocou a campainha, era certeza que a empregada ainda estava pensando na noite em que passara comigo. Depois de uma história esfarrapada, Sem-Pernas foi acolhido pela família da casa. Oito dias se passaram e fui até a casa para saber se Sem-Pernas já havia estudado a casa. Desta vez Sem-Pernas estava demorando muito e fui até lá para apressa-lo. Numa tarde, Sem-Pernas disse a dona ( sua atual "mãe") que iria até o Campo Grande passear e não voltou mais. Fui até a casa pela noite com um grupo de integrantes do Capitães da Areia. Voltei trazendo o resultado do assalto e mostrava os objetos de ouro e prata. No dia seguinte, logo pela noite, fui levar a parte do roubo para Sem-Pernas, mas ele recusou. Sem-Pernas estava muito mal por trair a mulher, apenas eu e o Professor entendíamos o sofrimento. Tentava faze-lo esquecer, puxando assunto muito diferente.

Uma chance aos Capitães da Areia .

O Padre José Pedro achava que Deus perdoaria nos perdoaria e que queria nos ajudar, mas até o momento estava muito difícil com as pessoas tratando os Capitães da Areia da maneira que elas tratam com tanto desprezo , elas só enxergam  o lado negativo de que vivemos do furto , mas nenhuma delas deve ter noção de como passamos por dificuldades.

Atrás da foto.

Em uma noite escura de inverno  com relâmpagos e nuvens negras eu e meus amigos(Sem-Pernas e João Grande)  fomos levar a mãe de santo Don`Aninha até sua casa por que ela tinha ido até o trapiche pedir um favor aos meninos.
Ogum estava muito furioso e Don´Aninha já tinha avisado e também falou tudo que ele poderia fazer,chovia muito  e os meninos estavam tentando achar um jeito de resolver o favor que foi pedido, que era entrar na policia e roubar a imagem de Ogum , eu tentei me passar por uma criança que não tinha onde dormir mas não deu muito certo, depois inventei um furto para distrair os policiais no final deu tudo certo e eu peguei a imagem.

Enquanto caminhava.

Enquanto caminhava, no fim da descida eu vi um vulto, parecia uma mulher que andava apressada.Eu consegui ver bem ela, quando passava entre os postes, parecia jovem de mais ou menos 15 anos aquele corpo com os seios grandes e pontiagudos e as nádegas rolavam no vestido, porque negros andam como se estivesse dançando.Nasceu um desejo que afogava minha angustia e não era nada mais que a morte do meu pai, queria derrubar ela na areia macia e acariciar.Apertei meu passo porque a negrinha já estava indo para as ruas que cortava a área e se afastava dos postes de iluminação. Ela percebeu que eu já estava bem próximo, então logo correu na minha frente, mas não adiantou muito continuei me aproximando e disse que era um pancadão e teríamos filhos lindos, e a negra começou a gritar "me deixa desgraçado”. Ela mordeu minha mão para conseguir escapar, enquanto eu a segurava ela dizia que queria ir embora porque não tinha nada comigo, eu deixei... Questionando-a se depois voltaria e ela disse que sim.Acompanhei- a para proteger de qualquer mal que encostasse sob ela, mas logo antes de desaparecer na esquina ela cuspiu no chão com um grande desprezo.

Lembranças do meu pai

Aquele chão já asfaltados das ruas foi onde meu pai morreu e que por debaixo ainda deve ter sangue dele.
O pessoal fala que eu tenho direito de uma vaga na doca, ao lado dos homens,e por isso veio a ideia de que eu poderia fazer igual ao meu pai: lutar pelos direitos das pessoas, com o sorriso no rosto.
Durante a caminhada comecei a lembrar da conversa que tive com o João de Adão para me alegrar, pelo fato de que meu pai era um homem valente.

Candomblé

Eu, o Boa-Vida e o Querido-De-Deus fomos para o candomblé, onde apareceu o Omulo com a roupa vermelha, avisando que no cântico mais linda a miséria poderia acabar e os pobres seriam alimentados e felizes.
Depois eu fui embora sozinho pelas ruas da cidade enquanto o Boa-Vida e o Querido-de-Deus foram dançar, fui descendo bem de vagar em que parecia carregando um peso dentro de mim mesmo.

Navio

Depois que João de Adão terminou de falar, eu vi o um navio com homens negros, brancos, e mulatos passando em frente, açúcar, fardo de fumo e sacos de cacau estavam sendo colocados no porão do navio. Aqueles homens altos e loiros lembravam meu pai, e logo imaginei que ele fosse assim e olhando aqueles homens negros com as costas largas e gotas de suor brilhante também carregando fardos me deu mais vontade ainda de me igualar ao meu pai.

Porque não falaram do meu pai ??

Enquanto o João de Adão falava eu riscava o chão com graveto, e eu aproveitei e perguntei o porque que ninguém nunca falou nada daquilo sobre o meu pai para mim, e ele disse que era porque eu era muito novo para saber isso.
Mas apesar de tudo, eu fiquei feliz que meu pai era valente, e mais uma vez eu perguntei sobre a minha mãe e ele disse que não a conhecia.

Docas

Quando o Querido-De-Deus convidou a gente para ir nas Docas , eu fui junto... atravessamos as ruas dos cais, vi um navio e perguntei ao Boa-Vida se ele não tinha vontade de ser marítimo e ele disse que não mas eu disse que tenho e acho bonito subir no mastro.

Na praça

Quando chegamos a praça,uma mulher logo de cara percebeu que eramos os Capitães da Areia, e só olhando oque estava acontecendo a mulher começou a pedir pra nós se afastarmos dela,aposto que ela estava com medo da gente....na hora eu ri muito alto da cara dela, foi muito engraçado.

Praça Itapagipe

O José Pedro convidou eu e meus amigos para ir lá na Praça Itapagipe, com o objetivo de mostra a Deus que estava servindo a Deus, mas ninguém se animou... na hora eu fiquei meio sem graça cocei minha cabeça e pedi para o professor explicar o porque do desanimo da galera, enquanto ele explicava com o maior cuidado possível eu ficava com a cabeça apoiada, mas o João Grande compreendeu tudo aquilo, apesar de ser o mais burro de todos.

Boa-Vida

Mesmo o Boa-Vida não fazendo parte do grupo de amigos que andava junto comigo, ele  dava objetos de valor para mim, que trazia de uma casa, e quando tinha tempo fazia isso com frequência para render dinheiro.
Então certo dia ele resolveu entrar no nosso grupo de amigos... no começo podemos dizer que nós eramos bastante desconfiados, mas no final deu tudo certo porque ele acabou conquistando nossa amizade.
O Sem-Pernas tambem ajudou na renda porque ele recebeu dinheiro de uma velha viúva.

As luzes do carrossel

Achei uma beleza, o carrossel armado, com lâmpadas azuis, verdes, amarelas, roxas e vermelhas!
Até concordei quando o professor disse que ia colocar o carrossel para funcionar exclusivamente pra mim, enquanto os meus outros amigos esperavam ansiosamente a resposta la fora.

Carrossel

Festa

A festa ontem terminou muito tarde, mas eu e meus amigos estávamos ocupados em vários assuntos.
Depois disso o professor perguntou se não valeria a pena passar lá na praça, e fui junto com ele depois que perguntou se alguém queria ir.

O embrulho

Estávamos jogando baralho e na primeira rodada eu ganhei e decidi parar de jogar. Joguei, parei, joguei, parei, aumentei as apostas e comentei o jogo dos meus irmãos. Fomos para o trapiche e depois decidimos ir comer e na saída o Gato tentou me dar uma rasteira.
Entramos no restaurante fazendo barulho e o garçom não acreditou que nos estávamos com dinheiro então eu mostrei e ele começou a trazer os pratos de comida. Acabamos de comer e propus que fossemos ate Brotas. No caminho achamos um homem, Joel, que era o que o Querido-de-Deus nos mandou procurar, ele se espantou porque somos meninos mas mesmo assim fomos ate a casa dele para pegarmos o negocio. Ele pediu para levarmos um cachorro bravo para um local e eu pedi um pedaço de carne porque facilitaria.
Ele começou a falar o que tínhamos que fazer e nos deu um embrulho para trocarmos pelo original.
Fomos para o tal lugar que era uma casa. Entrei na casa e fui para o quarto, não achei o que queria então o embrulho estava com o empregado. Fizemos o plano e eu troquei os embrulhos. Trabalho completo, voltamos felizes pela rua da Bahia.

Noite dos Capitães da Areia

Esses dias a noite, eu estava dormindo no trapiche e acordei com um barulho perto de mim , quando eu olhei vi um menino que estava se levantando e em silencio se aproximava do canto em que meu amigo estava , eu achei muito estranho e achei que era um furto , e realmente o menino estava abrindo um baú então eu como sou muito corajoso me atirei em cima dele já que pelo menos no meu grupo companheiro que rouba o outro merece ser expulso, o menino disse que queria apenas ver uma medalhinha dada pelo padre José Pedro mas como sou muito desconfiado eu não acreditei , porque se ele quisesse só ver mesmo porque não pediu ????

Quando comecei a ser o chefe

Sou chefe dos capitães da areia, tenho 15 anos e vivo sozinha, vagabundeando nas ruas da Bahia. Antes, o caboclo Raimundo, mais forte e mais velho, era quem chefiava o grupo, mas depois de uma briga entre nós dois,ele perdeu o cargo pra mim, durante nossa briga ele puxou uma navalha e cortou meu rosto, uma cicatriz que ficara marcada para sempre em mim . Eu sou esperto, ágil e sei chefiar o bando.

Assalto a Residência do Comendador José Ferreira.

Em 1937 ...

Ás três horas da tarde, assaltamos uma casa em um bairro chique da cidade, essa casa era do negociante José Ferreira que também tem lojas de fazenda na rua Portugal.

Depois do assalto, saímos pela janela levando objetos de valor da sala de jantar, a policia ficou sabendo do que nós fizemos na casa dele, mas até agora não nos encontraram e eu também espero que nunca encontrem, porque causamos um prejuízo muito grande.

 Os moradores do bairro ficaram morrendo de medo da gente porque não queriam ser assaltados pelo nosso grupo, mas fazer o que né? Vivemos do roubo e vamos assaltar qualquer um.

Quem somos ?

Somos os Capitães de areia, um grupo de mais de 100 menores abandonados morando em Salvador(Bahia) e vivemos do furto.

Sobre o blog

Este blog é um trabalho realizado por alunos do Colégio Magister baseado na obra de Jorge Amado , Capitães da Areia . Nele será retratado a história de um dos personagens , Pedro Bala
Os fatos são relatados em 1937 .